terça-feira, setembro 06, 2005

Os livros escolares

Hoje ouvi coisas muito interessantes. A título de exemplo, no Público podia-se ler um artigo, na secção de última hora, que o responsável da Comissão do Livro Escolar da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) disse coisas como:

Segundo o responsável, muitas das críticas direccionadas ao sector, como o excesso de manuais escolares, fraca qualidade e preços elevados, têm sido feitas com superficialidade e revelam desconhecimento da matéria.

Pelo que sei, isto é o que acontece. Os livros são muito grandes, quando a matéria explorada podia-se expor no mínimo em metade do espaço ocupado (logo, uma menor sobrecarga das mochilas), os livros, salvo excepções estão cheios de erros, figuras desnecessárias, os problemas depois existem num caderno à parte (?). Quem sabe da matéria diz o que valem os livros – quase praticamente dispensáveis. E é verdade, para a qualidade científica dos livros, os livros são caríssimos, porque são muito maus. Se alguém anda a fazer o controlo de rigor dos livros, salvo excepções, não anda a trabalhar.

A APEL contesta o facto de se ter tornado comum ouvir opiniões depreciativas sobre os manuais escolares e aos próprios editores, assumidas por diferentes entidades e personalidades e referenciadas na imprensa sem que os editores tenham a oportunidade de apresentar os seus argumentos e defenderem a qualidade do seu trabalho.

Quando um livro é editado e existem erros científicos como alguém pode defender a qualidade do seu trabalho? Como se pode defender um livro com erros? Afirmando que a sobrecarga de imagens se sobrepõem a um bom conteúdo? Ou quem faz os livros não sabe o que faz?

Que avaliação se pode fazer dos livros? Por mim, caros e fraquinhos.

Muito mais se poderia dizer, mas vou deixar isso para a Confederação Nacional de Associações de Pais.

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