Pode-se ler no Diário de Notícias:
A cannabis plantada na ilha do Pico, Açores, está entre as melhores da Europa, de acordo com a classificação de sites holandeses especialistas no tema. O clima húmido e o solo vulcânico garantem a sua boa qualidade, pelo que o número de plantações ilícitas tem vindo a crescer na região.
O Comando da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Horta, na ilha do Faial, deteve dois indivíduos e apreendeu no passado fim-de-semana mais 17 quilos de liamba (Cannabis Sativa L) na vizinha ilha do Pico que dariam para 42 500 doses individuais. É a segunda grande apreensão, num espaço de dias, que a Polícia faz na ilha-montanha, com condições climatéricas (humidade) e de terreno que favorecem o desenvolvimento da substância estupefaciente.
No início deste mês, a PSP já tinha apanhado 10 quilos de liamba; em Julho passado 1,2 quilos; e no primeiro semestre 3 quilos. Contas feitas, o ano de 2007 já ultrapassou os 30 quilos em plantas apreendidas, quando em 2006 este número situou-se nos 40 quilos. A mais recente operação policial na segunda maior ilha dos Açores foi o culminar de uma investigação que deteve na Madalena dois homens, de 40 e 17 anos.
É no Verão, altura em que a cultura floresce, que os indivíduos identificados como consumidores e traficantes utilizam a liamba plantada nas hortas de suas casas, ou então a proveniente de plantações maiores, situadas em terrenos isolados e de acesso difícil. E é quando apura que os suspeitos se deslocam a estas áreas mais remotas, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro, que a Polícia monta a sua estratégia, avança para o terreno e apanha-os, por vezes, em flagrante delito.
Boa cotação internacional
Embora sem adiantar pormenores, o comissário Carlos Ferreira, comandante interino do Comando da PSP da Horta, admite que a liamba do Pico está a ser divulgada em sites holandeses na Internet. Nestes sites, apurou o DN, a Cannabis Sativa L daquela ilha açoriana aparece bem cotada, referenciada como uma das melhores, senão mesmo a melhor liamba da Europa. Uma situação que conduz à suspeita, por parte da Polícia, de que estará a haver exportação do estupefaciente para o Norte da Europa. Como refere o comissário Carlos Ferreira, "não temos dados concretos que nos permitam dizer que há exportação, embora a divulgação nos sítios da Internet o possam indiciar". Por enquanto, a tese prevalecente é a do consumo na própria ilha e ilhas vizinhas.
Nos Açores, a situação é preocupante no combate ao tráfico de droga, de tal maneira que a PSP da Horta reforçou, nos últimos dois anos, o efectivo das brigadas de investigação criminal em 75%. Mas o esforço, traduzido num elevado número de operações que permitem deter e condenar em Tribunal os responsáveis pelo tráfico, não chega. E isto porque, como sublinha o comissário Carlos Ferreira, as apreensões realizadas já "não traduzem situações esporádicas".
Não se trata, para já, de uma grande rede organizada, mas uma coisa também é certa: "As condições da ilha do Pico (sobretudo essa) favorecem uma actividade criminal rentável, que, consequentemente, se torna apelativa para indivíduos que enveredam por trajectos delituosos."
A boa cotação da cannabis evidenciada nos sites holandeses coincide, inclusive, com a opinião que têm sobre esta droga muitos reclusos detidos nas cadeias açorianas.
A cannabis plantada na ilha do Pico, Açores, está entre as melhores da Europa, de acordo com a classificação de sites holandeses especialistas no tema. O clima húmido e o solo vulcânico garantem a sua boa qualidade, pelo que o número de plantações ilícitas tem vindo a crescer na região.
O Comando da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Horta, na ilha do Faial, deteve dois indivíduos e apreendeu no passado fim-de-semana mais 17 quilos de liamba (Cannabis Sativa L) na vizinha ilha do Pico que dariam para 42 500 doses individuais. É a segunda grande apreensão, num espaço de dias, que a Polícia faz na ilha-montanha, com condições climatéricas (humidade) e de terreno que favorecem o desenvolvimento da substância estupefaciente.
No início deste mês, a PSP já tinha apanhado 10 quilos de liamba; em Julho passado 1,2 quilos; e no primeiro semestre 3 quilos. Contas feitas, o ano de 2007 já ultrapassou os 30 quilos em plantas apreendidas, quando em 2006 este número situou-se nos 40 quilos. A mais recente operação policial na segunda maior ilha dos Açores foi o culminar de uma investigação que deteve na Madalena dois homens, de 40 e 17 anos.
É no Verão, altura em que a cultura floresce, que os indivíduos identificados como consumidores e traficantes utilizam a liamba plantada nas hortas de suas casas, ou então a proveniente de plantações maiores, situadas em terrenos isolados e de acesso difícil. E é quando apura que os suspeitos se deslocam a estas áreas mais remotas, durante os meses de Julho, Agosto e Setembro, que a Polícia monta a sua estratégia, avança para o terreno e apanha-os, por vezes, em flagrante delito.
Boa cotação internacional
Embora sem adiantar pormenores, o comissário Carlos Ferreira, comandante interino do Comando da PSP da Horta, admite que a liamba do Pico está a ser divulgada em sites holandeses na Internet. Nestes sites, apurou o DN, a Cannabis Sativa L daquela ilha açoriana aparece bem cotada, referenciada como uma das melhores, senão mesmo a melhor liamba da Europa. Uma situação que conduz à suspeita, por parte da Polícia, de que estará a haver exportação do estupefaciente para o Norte da Europa. Como refere o comissário Carlos Ferreira, "não temos dados concretos que nos permitam dizer que há exportação, embora a divulgação nos sítios da Internet o possam indiciar". Por enquanto, a tese prevalecente é a do consumo na própria ilha e ilhas vizinhas.
Nos Açores, a situação é preocupante no combate ao tráfico de droga, de tal maneira que a PSP da Horta reforçou, nos últimos dois anos, o efectivo das brigadas de investigação criminal em 75%. Mas o esforço, traduzido num elevado número de operações que permitem deter e condenar em Tribunal os responsáveis pelo tráfico, não chega. E isto porque, como sublinha o comissário Carlos Ferreira, as apreensões realizadas já "não traduzem situações esporádicas".
Não se trata, para já, de uma grande rede organizada, mas uma coisa também é certa: "As condições da ilha do Pico (sobretudo essa) favorecem uma actividade criminal rentável, que, consequentemente, se torna apelativa para indivíduos que enveredam por trajectos delituosos."
A boa cotação da cannabis evidenciada nos sites holandeses coincide, inclusive, com a opinião que têm sobre esta droga muitos reclusos detidos nas cadeias açorianas.
Sem comentários:
Enviar um comentário